Tosse seca, falta de ar, chiado são sintomas comuns da asma, doença inflamatória que, por tornar difícil a respiração, costuma promover uma experiência bem incômoda. A dificuldade acontece porque a doença é caracterizada pelo estreitamento dos brônquios – estruturas que levam o ar aos pulmões – o que compromete a passagem do ar e provoca contrações e espasmos. Se a pessoa em crise de asma também estiver com gripe ou resfriado, mais comuns nessa época do ano, esse quadro pode se agravar e, se não houver tratamento adequado, há risco de morte. Embora seja mais comum na infância, a asma pode atingir pessoas de quaisquer idades. No Brasil, existem mais de 20 milhões de pessoas com a doença, muitas delas convivendo com os sintomas, mas sem dar a atenção necessária ao problema. Isso porque, a manifestação dos sintomas significa que a asma está fora de controle, o que representa maiores riscos para o paciente. A asma ainda não tem cura, mas a boa notícia é que há tratamentos capazes de controlar a doença, benefício que permite uma vida normal. Preocupada com a negligência de muita gente no tratamento da asma em meio à pandemia do coronavírus, a Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia publicou em seu portal um posicionamento detalhado sobre o manuseio da asma nesses tempos de pandemia. Para quem convive com a doença, vale a pena consultar o conteúdo. Aprendendo a prevenir os sintomas A asma tem muito a ver com os ambientes onde a pessoa circula. Portanto, as recomendações para evitar os sintomas valem para a casa e o trabalho. E uma dica muito importante: quem convive com o asmático precisa estar bem informado sobre os cuidados preventivos, uma vez que interagem nos mesmos espaços. Sendo assim, as empresas devem se envolver, tanto garantindo a manutenção e a higiene correta nas estruturas físicas, quanto divulgando campanhas de conscientização para os seus colaboradores sobre a importância de prevenir os sintomas da asma. A limpeza é relevante porque o contato com mofo, poeira, ácaro, fumaça de cigarro e poluentes do ar pode desencadear crises de asma. Outros agentes que geram o problema são os inseticidas, pólen, produtos de limpeza e higiene pessoal. Felizmente, existem tratamentos que podem controlar os sintomas, mas é muito importante que um médico especialista acompanhe o paciente. Uma das medidas que ajudam a conhecer o perfil de cada pessoa é a realização de testes alérgicos. Questão de estilo de vida Aquelas atividades que sempre são recomendadas para a prevenção da saúde também valem para fazer frente a asma. Portanto, exercícios físicos estão nessa lista, com a única ressalva, de que devem ser praticados moderadamente no caso dos asmáticos. Valem as caminhadas, bicicleta, natação, ioga. Para quem sofre com a asma, ingerir líquidos ganha ainda mais importância, uma vez que a água ajuda a diluir a secreção dos brônquios e facilita a expectoração. Levar a sério o tratamento prescrito pelo médico é fundamental, incluindo o uso dos medicamentos, em especial broncodilatadores, e a realização de exercícios respiratórios. Fontes: Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT) e Ministério da Saúde