A campanha do Outubro Rosa é uma das mais bem-sucedidas no que se refere ao envolvimento das pessoas na divulgação sobre a prevenção do câncer de mama, seja nas redes sociais por meio da #outubrorosa e mesmo nas ruas, com uso de botons e outros materiais da campanha. Mas levar a conscientização adiante ainda é um desafio quando são estimados, para o Brasil, 59.700 casos novos de câncer de mama, para cada ano do biênio 2018-2019, de acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA).

 

 Existe portanto um risco de ocorrerem 56,33 casos a cada 100 mil mulheres. O câncer de mama é o primeiro mais frequente nas mulheres das regiões Sul (73,07/100 mil), Sudeste (69,50/100 mil), Centro-Oeste (51,96/100 mil) e Nordeste (40,36/100 mil). Na Região Norte, é o segundo tumor mais incidente (19,21/100 mil) também segundo o INCA, isso sem considerar os tumores de pele não melanoma.

 

 Que informações podem ser, portanto, mais importantes passar adiante para alertar as mulheres sobre o problema? A primeira é a receita com os ingredientes da prevenção, que se trata de uma lista de comportamentos para um estilo de vida que vai proteger a pessoa de diversas doenças. E vale muito ressaltar que esses hábitos podem evitar nada menos do que 30% dos casos de câncer de mama. A lista inclui a prática regular de atividade física, a alimentação saudável, a manutenção do peso adequado e a moderação no consumo de bebida alcoólica. A esses quatro pilares da saúde, se soma mais um no caso da preservação das mamas: a amamentação, prática que evita a doença.

 

 Outra informação poderosa se refere a saber identificar os sintomas da doença. É claro que a prevenção não pode dispensar a revisão médica anual, com a realização dos exames de rotina. Mas não se pode dispensar a observação cotidiana das mamas, na ocasião que for mais adequada para cada mulher, seja na hora do banho ou na troca de roupa em frente ao espelho. E a prática é muito simples e sem segredos. Basta verificar se existem possíveis caroços geralmente endurecidos e indolores, nos seios, embaixo dos braços ou mesmo no pescoço; alterações no bico do peito ou saída de líquido da região; e modificação na pele, que pode estar avermelhada ou com aspecto de casca de laranja.

 

 E nada de se apavorar caso encontre algo suspeito, já que pode não se tratar da doença. Se algo parece estar anormal, procurar um médico para a avaliação diagnóstica é o certo a fazer. Vale lembrar que, detectado em fase inicial, esse tipo de tumor tem mais chances de cura, daí a relevância do autoexame.

 

 E a última orientação é algo que mulheres que buscam atendimento médico para prevenção anualmente já sabem: a mamografia diagnóstica e demais exames complementares, solicitadas pelo especialista, permitem investigar lesões suspeitas. Já as mulheres com idade entre 50 e 69 anos devem realizar, uma vez a cada dois anos, por recomendação do Ministério da Saúde, a mamografia de rastreamento, ou seja, quando não há sinais nem sintomas da doença.