A digitalização, a Internet das Coisas e dos Sistemas, o surgimento da inteligência artificial, que promoveram a ascensão das máquinas nos últimos anos e caracterizam a 4ª Revolução Industrial, já estão causando mudanças importantes em toda a economia global e na vida das pessoas, em um contexto de revolução tecnológica e social já classificado como volátil, incerto, complexo e ambíguo. A Indústria 4.0, termo criado pelo professor Klaus Schwab, fundador e presidente executivo do Fórum Econômico Mundial, é o ambiente no qual as máquinas, conectadas com a web, podem visualizar toda a cadeia de produção e tomar decisões por conta própria. Schwab defende que as colaborações de pesquisa público-privada devem aumentar e ser estruturadas para construir conhecimento e capital humano em benefício de todos. A tecnologia também vem provocando transformações profundas e definitivas na forma como o trabalho é visto. Novas estruturas e modelos vão surgindo, a exemplo dos horários flexíveis, do home office, do compartilhamento de projetos e tarefas, da gestão de inovações. Soluções de softwares e novas plataformas são capazes de operacionalizar e melhorar esses processos, permitindo que a atuação do RH esteja focada na melhoria do clima organizacional, na atração e recrutamento de talentos realizada de maneira ainda mais criteriosa e abrangente, na definição de políticas de retenção mais eficientes, entre outras atividades. O RH 4.0 é a sua nova versão, adaptada ao ambiente onde a automatização de cada vez mais atividades convoca a área de Recursos Humanos a assumir funções estratégicas. Dos líderes e gestores de RH, espera-se que sejam protagonistas em ajudar toda a organização a entender como a digitalização afetará a empresa, que oportunidades podem ser aproveitadas e quais ameaças devem ser enfrentadas. Na linha de frente da contratação dos talentos que vão fazer acontecer a missão e a visão da empresa, o profissional e o líder de RH devem desenvolver uma visão abrangente e globalmente compartilhada de como a tecnologia está afetando a vida das pessoas e os ambientes econômico, social, cultural e humano. Para ser capaz de atuar dessa maneira, o gestor de RH precisa ter algumas habilidades elencadas por especialistas: prontidão cognitiva, pensamento crítico e competências de inteligência emocional e social, empatia e gestão de relacionamento. A prontidão cognitiva é uma habilidade mental que torna os líderes prontos para enfrentar quaisquer problemas novos e complexos. Existem sete habilidades de prontidão cognitiva de líderes classificadas pela Executive Development Associates (EDA), conhecidas como Paragon7. São elas as capacidades de reconhecer e regular seus pensamentos e emoções; de gerenciar e concentrar sua atenção; de ligar os pontos e ver o contexto mais amplo; de verificar seu instinto, mas não deixar que isso domine a mente; de resolver problemas com métodos analíticos e criativos; de estar disposto e capaz de mudar; e de inspirar os outros a agir, criando caminhos de comunicação fluída.