Doença degenerativa que causa a perda progressiva de células neurais, o Mal de Alzheimer é um tipo de demência que prejudica a memória, o pensamento e o comportamento. Os sintomas vão surgindo devagar e, ainda sem cura, é possível retardar o avanço da doença com medicamentos. À medida que vai progredindo, o Mal de Alzheimer tem três estágios, e em todos eles o apoio dos cuidadores é decisivo. Desde o momento da aceitação da doença e da definição sobre os tratamentos, até a criação de rotinas para preservar a segurança e o bem-estar do paciente, o importante é que todos os envolvidos contribuam para buscar alternativas. Na fase mais avançada, o paciente pode precisar de ajuda para fazer as atividades mais simples, como se alimentar e tomar banho. E em todas os momentos a comunicação com o doente e a manifestação do afeto serão imprescindíveis. A família deve estar atenta à evolução da doença, ou seja, acompanhar o comprometimento da memória, as mudanças de comportamento e as dificuldades nas atividades cotidianas. A perda da memória é um dos aspectos mais relevantes do Alzheimer e esquecer fatos ou informações, recentes ou antigos, pode angustiar, agitar ou confundir a pessoa. Medicação e práticas físicas como pilates e fisioterapia têm benefícios comprovados na melhoria da qualidade de vida do paciente. Além do contato social, que pode ajudar a preservar as funções cerebrais das áreas ainda não atingidas pela doença, ou seja, preservar a reserva cognitiva e tornar o declínio mais lento. Uma medida acertada é criar a rotina baseada nos gostos, habilidades e preferências da pessoa, para que seja naturalmente agradável e favoreça a manutenção do bom humor, ainda que com o avanço da doença o paciente perca a conexão com suas próprias características. O diálogo e a união entre os familiares para os cuidados com o paciente de Alzheimer são as principais formas de tornar essa fase da vida o mais confortável possível, assim como acontece com os portadores da esclerose múltipla. Em todos os casos, o amor e o afeto permanecem. O que pode reduzir o risco de desenvolver a doença de Alzheimer? 1. Praticar atividades físicas regulares. 2. Não fumar. 3. Controlar a pressão arterial e o nível de açúcar no sangue. Como manter a rotina do paciente mais confortável e segura? 1. Enquanto for possível, manter as atividades normais e a independência. 2. Criar uma rotina e acompanhar a pessoa na realização das suas tarefas. Manter o paciente envolvido com as atividades, dentro e fora de casa, incluindo cuidados pessoais, alimentação, passeios, fisioterapia, viagens. 3. Usar recursos de segurança, como a identificação do nome e endereço do paciente em pulseira ou outro adereço. Isso porque um dos sintomas da doença é a perda da memória recente. 4. Manter a alimentação saudável, descartar bebidas alcoólicas e fumo. 5. Estimular o convívio social e familiar do paciente. 6. Manter hábitos como a leitura de livros e jornais, cuidados com a casa, artesanato, entretenimento com filmes ou programas de televisão etc. Fontes: Organização Mundial da Saúde e Associação Brasileira de Alzheimer (Abraz).