Câncer de pele nunca é uma boa notícia, mas existe um dado positivo: quando descoberto no início, tem 90% de chances de cura. Esse é então o melhor argumento para convencer as pessoas a se prevenir e a buscar o diagnóstico precoce. Especialistas da Sociedade Brasileira de Dermatologia entendem que é possível reduzir a incidência de câncer de pele e a mortalidade por meio de campanhas de conscientização como a do #dezembrolaranja. Nesse contexto, uma das informações mais relevantes é que o principal fator de risco é a exposição excessiva e sem proteção aos raios solares, por isso é relevante saber como tomar sol corretamente. O principal a fazer é usar diariamente o protetor solar, com fator de proteção 15 ou 30 e reaplicações em intervalos de duas a três horas; evitar a exposição direta aos raios solares nos horários de maior incidência, entre as 10h e 16h; manter boa hidratação; usar óculos de sol com proteção UV, chapéus ou bonés. O câncer de pele costuma se manifestar em uma pinta, mancha ou como uma ferida que não cicatriza. Observar alteração na pele por meio do autoexame é uma iniciativa importante, mas o ideal é também consultar o médico regularmente ou sempre que houver uma suspeita. Os tipos mais comuns de câncer de pele são o carcinoma basocelular e o carcinoma espinocelular, com grandes chances de cura se diagnosticados e tratados precocemente. O terceiro tipo é o melanoma, o mais agressivo e potencialmente letal. Informações relevantes Um aspecto importante e que precisa ser mais considerado é que os danos causados pelo sol são cumulativos. Isso significa que, com o passar dos anos, quanto mais frequente e intensa tiver sido a exposição ao sol, mais chances de ocorrerem manchas e tumores malignos. Estudos científicos recentes vêm revelando que os raios UVA estão ligados ao surgimento do melanoma, além do envelhecimento precoce da pele. Os raios UVA incidem durante todo o dia e penetram na pele mais profundamente. Conhecer o seu tipo de pele ajuda muito na definição dos cuidados ideais e, portanto, na prevenção do câncer. Pode-se descobrir o tipo de pele na consulta ao dermatologista, que também pode ajudar a definir um limite tolerável de exposição ao sol. Quanto menor a produção do pigmento melanina, uma proteção natural do organismo contra os raios ultravioletas, mais vulnerável será a pele aos danos causados pelo sol. O diagnóstico precoce do câncer de pele é feito com a avaliação das lesões iniciais, pelo dermatologista no consultório ou por meio de exames como a dermatoscopia, que mostra aspectos da mancha ou da pinta suspeita não visíveis a olho nu. Em regra, para reconhecer um melanoma maligno, é preciso que a mancha ou pinta tenha pelo menos três dessas características: seja assimétrica, tenha bordas irregulares, coloração variável e diâmetro maior do que 6mm. Fonte: Sociedade Brasileira de Dermatologia